quarta-feira, 27 de abril de 2011

JUREMA (Mimosa hostilis)

O nome "Jurema" vem do tupi-guarani, onde Ju significa "espinho" e Remá, "cheiro ruim".

A jurema é uma planta da família da leguminosas. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.

A Jurema, também conhecida como Jurema-preta, também é nome de uma Bebida Sagrada feita com a raiz da árvore do mesmo nome (Mimosa hostilis).

Os pajés, sacerdotes tupis, também fazem outra Bebida Sagrada da jurema-branca (Mimosa verrucosa), para estimular sonhos afrodisíacos. É um tipo de Bebida Sagrada servida em reuniões especiais.

Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros e pajés, babalorixás, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro do candomblé de caboclo fazem uso abundante.
Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina).

É utiliza tradicionalmente para fins medicinais e religiosos.

Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas, pois possui maior parte dos alcalóides psicoativos.

Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de "Culto à Jurema".

A jurema é utilizada para tomar banho de descarga com suas folhas.
Serve como defumador , cura de dor de dente, doenças sexualmente transmissíveis, insônia, nervos, dores de cabeça.

Faz ainda: figas, patuás, rosários. Utiliza-se para fazer rezas com suas folhas contra mau-olhado e olho-grande.

Serve ainda para fazer um dos maiores fundamentos do Culto à Jurema, que é uma bebida à base de infusão das folhas da jurema, com casca do tronco e da raiz misturado com mel de abelha, garapa de cana-de-açúcar e cachaça. Essa é a bebida preferida dos Encantados que baixam no Toré e no Culto à Jurema.

Arvore tipicamente paraibana, a jurema é venerada quase como uma divindade. Frondosa e de beleza impressionante, vive mais de 200 anos, é espinheira e sua fama corre o Brasil e o mundo.

Segundo a crença indígena, possui poderes milagrosos, emanando fluidos benéficos.

Em sua parte externa existe uma camada de lodo empregada em defumações, para o banho de limpeza.

Da casca, flor, e folhas são extraídas emulsões para o preparo de bebidas, banhos aromáticos para afastar entidades maléficas e fortificar os mestres.

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ERÓ EWÈ - SEGREDO DAS FOLHAS

Eró ewè (segredo das folhas) ou ervas, são indispensáveis no conteúdo nas “Obrigações ritualísticas”aos Òrìsàs.

A teoria da correspondência mística mostra-nos que cada planta representa um Òrìsà, como várias delas representam vários Òrìsàs.

Na vida ou existência das plantas entram fatores diversos a mantê-las e, por está razão, elas crescem e se desenvolvem sob a égide da proteção divina; recebendo os fluídos positivos e benfazejos que emanam de “Olóòrun” (Deus), as ervas (folhas) armazenam substâncias relacionadas com cada Òrìsà, e essas substâncias se denominam fluídos da energia astral.

“As ervas de Òrìsàs se dividem em 3 partes primordiais, a saber:
POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.

Elas são catalogadas, conforme a fase lunar da colheita:

POSITIVAS = deverão ser colhidas na fase lunar Crescente ou Cheia;
NEGATIVAS = deverão ser colhidas na fase lunar Minguante;
NEUTRAS = deverão ser colhidas na fase lunar Nova.

Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das seguintes condições explícitas:

- “Vibração de quem vai usá-las”
– “Vibração das demais ervas utilizadas”
– “Vibração da intenção com que serão usadas”.


POSITIVAS = São ervas que, quando usadas, só positivam, não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de trabalho.

NEGATIVAS = São ervas usadas explicitamente para trabalhos negativos.

NEUTRAS = São todas as ervas que servem para, material ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o efeito de doenças, assim como, o efeito de vibrações negativas e/ou positivas.

Paulo de Xangô

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TUDO SOBRE O MILHO (ÀGBÀDÓ)

Àgbàdó (milho)

Venerado companheiro, o àgbàdó (milho) é consagrado não só ao orisá da caça (Odé), mas também está ligada ao culto de Osalá, Ogún e Sangò, sendo fundamental ainda nos rituais ao inkissi Dandalunda.

Nome Yorubá- Àgbàdó

Nome científico – Zea Mays L., Gramineae, Sinonímia: Mays americana Baumg.; Mays vulgaris Ser.; Mays zea Gaertn.; Talysia mays Kuntze; Zea alba Mill.; Zea altissima C.C. Gmel.; Zea americana Mill.; Zea amylacea Sturtev.; Zea amylacea saccharata Sturtev.; Zea cryptosperma Bonaf.; Zea everta Sturtev.; Zea indentata Sturtev.; Zea indurata Sturtev.; Zea maiz Vell.; Zea minor C.C. Gmel.; Zea praecox Steud.; Zea saccharata Sturtev.; Zea segetalis Salisb.; Zea tunicata Sturtev.; Zea vaginata Sturtev.; Zea vulgaris Mill.

Nome popular- Milho, Português; Maïs, na Alemanha; Maíz, Borona, Grano Turco, Mais, Maíz de Indias, Panizo de Indias, em espanhol; Blé de Turquie, Gaude e Maïs, na França; Corn e Silk, em inglês; Fromentone e Grano Turno, na Itália.

Descrição :
Trata-se de uma planta herbácea de alto porte (até 2,5 metros de altura), pertencente à família das Pascias (Gramíneas), caracterizada por apresentar caules eretos com folhas alternadas, largas, lanceoladas, com bainhas, de margem áspera e cortante; flores masculinas reunidas em panículas terminais, e femininas séseis, reunidas em espigas de tamanho grande rodeadas por brácteas membranosas entre as que emergem numerosos estilos filiformes.
O fruto aparece em cariópside, redondo, brilhante, de cor amarelada, inserido no eixo engrossado da inflorescência.

Origem
O milho seria originário de América do Sul, ainda que existam algumas dúvidas sobre seu real lugar primogênito devido a que não foi conhecido em estado silvestre. Alguns indicam que seria originário do Peru, outros indicam Colômbia e um terceiro a América Central, tendo havido historiadores que fizeram referência a origem asiática (Birmânia ou as colinas de Naga), ainda que esta teoria tenha pouca credibilidade.
O certo é que o milho é cultivado atualmente em todo o mundo, sendo os Estados Unidos o principal produtor. Junto ao arroz e o trigo constituem os principais alimentos vegetais para a humanidade

Parte utilizada
Os estilos e estigmas (conhecidos popularmente como "barba de choclo") e a fração insaponificável de óleo de germe de milho. Os estilos e estigmas se colhem quando o fruto está amadurecido.
A separação do gérmen a partir da trituração do grão permite através do mecanismo de pressão e calor (previamente lavado para eliminar restos de amidos e glúten) obter o óleo de milho cru, o qual logo é clarificado por filtração e decantação e posteriormente refinado para eliminar os ácidos graxos por esfriamento e filtração.

História
O milho constituiu o cereal mais importante da América devido a importância dos amidos na alimentação e a indústria. Tem-se encontrado restos fósseis do pólen de milho que datam de 6.000 - 6.500 anos de antigüidade. Na América começaram a cultivar a partir do século XV, existindo algumas referências de seu conhecimento pelos astecas.

Os nativos peruanos extraíam desta planta alcalóides os quais eram utilizados em cerimoniais religiosos. Cristóvão Colombo levou em 1502 amostras deste cereal para a Espanha, e dali ganhou uma rápida expansão até ao sul da Europa, norte de África e Oeste de Ásia.
A partir de sua chegada à América do Norte, se expande finalmente à China durante o século XVI.

Uso Ritualistico: Pertencem aos Orixás Ogun, Oxossi, Xangô, Yemonjá e Oxalá.
As sementes são de uso básico nas casas de candomblé, seja na culinária dos orixás, seja na alimentação cotidiana da comunidade.

O milho branco - Àgbàdó Funfun - é empregado no preparo de acaçá (manjar envolvido em folha de bananeira) e ebô (milho cozido) para Oxalá, Iemanjá e outros Orixás.

O milho vermelho - Àgbàdó Pupa - serve para fazer o acaçá vermelho (para Exú e Ogun), o Axoxó (milho cosido) para Oxossi, Logum Edé e Ogun, e entra na composição do aluá, bebida fermentada de origem africana, servida em dias de festas nas casas de santo.

O milho alho - Àgbàdó kékeré, para Obaluaiyé, Nàná e Oxún.

O milho verde em espiga é próprio de Oxossi, sendo também oferecido a Ayirá, no ritual da fogueira. Serve, também, para fazer uns bolinhos semelhantes ao acarajé, que são apreciados por Yewá.

A planta toda é atribuída a Oxossi, e as folhas são usadas em defumação de terreiros e para "lavar os assentamenos de Exú" para atrair prosperidade e fartura.

A água do milho branco cozido é utilizada em banho calmante.

Os grãos são utilizados nos terreiros, no preparo de varias iguarias que são ofertadas aos òrìxà, tais como:
Ègbo, ègboyá, axoxo, àdun, guguru, akasá branco, akasá de leite, egidi (akasá de milho amarelo), ekó etc.

Vegetal gún, utilizado para atrair prosperidade e boa sorte.

Elementos: Terra/Masculino

Uso em Ifá;
“As folhas (ewe àgbàdo) são usadas em um trabalho para trazer boa sorte (àwúre oríre) que se classifica no odú ìwòrì òfún, também chamado ìwòrì àgbàdo” e em “trabalho para se obter favores das feiticeiras” (Verger 1995:41/42).
Do odu Èjìogbè em “receita para tratar vômito e diarréia” (Verger 1995:185).

“A espiga de milho inteira, odidi àgbàdo, é usada em uma receita para ajudar a mulher a ter um bom parto (awebí) classificada no odu que trata do nascimento de crianças, (...) ogbè òtúrúpon ou ogbè tún omo pon” (Verger 1995:43)

“O sabugo do milho (pòpórò àgbàdo) é usado em trabalho para sair vitorioso de uma luta (ìsegun ìjàkadi), classificado no odù ose méjì ou ose oníjà, “ose-que-gosta-de-briga” (Verger 1995:43,351)

“A palha (háríhá) que envolve a espiga de milho é usada em uma receita para ajudar a mulher grávida a sentir o corpo leve (...), classificada no odu ogbè òtúrá ou ogbè aláso funfun, “ogbè-dono-da-roupa-branca” (Verger 1995:44,277)
Por fim, com a palha do milho é feito um cigarro que é muito apreciado por uma entidade pertencente à Umbanda e o Catimbó, denominada Zé Pelintra.

O cabelo-de-milho é utilizado em “trabalho para conseguir proteção contra Exu” do odu Ose òtúrá (Verger 1995:295).
Com relação ao cabelo de milho, ele costuma ser oferecido para Ode, junto com a espiga, em trabalhos para obter prosperidade e fartura. Já vi pessoas que o ofereciam para Oyá, com o mesmo objetivo.
Outra forma interessante que eu já tive a oportunidade de observar é a utilização de bonecos “voodoo”, feitos com a palha e os cabelos de milho. Nesse caso o intuito era de aproximar duas pessoas.
O cabelo de milho também é utilizado como um fitofármaco que auxilia nas doenças dos rins, tendo efeito diurético e ajudando a baixar a pressão arterial.

“... os grãos de milho torrados (àgbàdo súnsun) são usados em trabalhos para fazer um processo judicial cair no esquecimento (àwúre aforàn ou ìdáàbòbò l’owo ejo) pertencendo ao odu ogbè òtùrá ou ogbè kòléjó, “ogbè-não-tem-processo-na-justiça”.” (Verger 1995:44-45, 341), e em “receita para tratar inchaço da barriga” do odu Ose ìká (Verger 1995:193).

Do odu Ose òtúrá consta um curioso “trabalho para juntar novamente partes cortadas de um corpo” (Verger 1995:385)

Sassanha:
Kini àgbàdo á mú bó? Igba omo.
Kini àgbàdo á mú bó? Igba asó.
Orí’re ni ti àgbàdo.
Àgbàdo rin hòhò l’óko.
O kó ‘re bó wá ‘lé.
Orí’re ni ti àgbàdo

O que o milho está trazendo de volta? Duzentas crianças.
O que o milho está trazendo de volta? Duzentas roupas.
O milho traz boa sorte.
O milho vai para o campo.
E retorna para casa com boa sorte.
O milho traz boa sorte

Outros nomes yorubá: Àgbàdó funfun, Àgbàdó pupa, okà, yangan, erinigbado, erinkà, eginrin àgbado, elépèè, ìjèéré (Verger 1995:737).

o àgbàdó (milho) é consagrado não só ao orisá da caça (Odé), mas também está ligada ao culto de Osalá, Ogún e Sangò, sendo fundamental ainda nos rituais ao inkissi Dandalunda e em outros rituais.

CABELO DE MILHO
A aplicação na medicina caseira está no cabelo. Nasce das espigas ao fruto e às sementes do milho.
As espigas são ligadas a Deusa Iansâ.
A espiga usada como Yteque (amuleto), dependura na porta da cozinha ou copa, sem que lhe retire a palha, fazendo-se uma alça de palha que capeia a espiga e deixando-se a metade, no sentido do comprimento, descoberta, ficando os gãos à vista. É um modo de atrair fartura de alimentos.

Obs.: Quando estiver secando, trocar por outra verdinha.
Na medicina caseira é usado como diurético e para cálculos renais (toma-se o chá)

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LOURO

O louro é uma planta muito comum utilizada em muitos lares por seus importantes benefícios e propriedades, já que pode ajudar a melhorar a digestão.
O louro é uma planta que foi considerada pelos gregos como a árvore sagrada de Apolo. Não em vão, os romanos a utilizavam como símbolo da vitória.

Entre seus componentes, destacam os ácidos fórmico, pelargônio, ácido, cinámico, láurico, caproico, propiónico, linoleico e oléico. Mas, além disso, contém canfeno, terpineno, limoneno e sabineno.

Isso sim, no que se refere a sua composição alimentícia, o louro contém hidratos de carbono, potássio, fibra, cálcio, magnésio, fósforo, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C, entre outros.

Deve-se levar em conta que não convém ingerir louro em excesso, já que pode ser prejudicial para aquelas pessoas que tenham um estômago sensível.

Benefícios e propriedades do louro

*Estimula o sistema digestivo, aumentando as secreções e ajudando aos movimentos peristálticos, o que facilita a digestão.
*Em casos de gripe, bronquite e outras afecções do aparelho respiratório, atua como expectorante.
*Favorece a eliminação de líquido, por isso ajuda aos rins. Além disso, é boa em dietas de emagrecimento.
*Diminui as regras abundantes e favorece as que são pobres, por isso podemos dizer que o louro regula a menstruação.
*Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
*Ajuda igualmente contra a ansiedade e o stress, ao ser uma planta relaxante.

Uso na Umbanda:
No ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade.

Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.

Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.

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PIMENTA MALAGUETA

Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.

A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum frutescens muito utilizada no Brasil, mas também em Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Também é conhecido pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piri-piri. Em Portugal e Moçambique, são chamados de piri-piri os frutos mais pequenos e malagueta os maiores. Normalmente, são usados secos para condimentar carnes. A malagueta, como todas as outras espécies do gênero Capsicum, é nativa das regiões tropicais das Américas.

A pimenta-malagueta silvestre, também conhecida no Brasil como malaguetinha-caipira, destaca-se pela alta concentração da capsaicina e baixíssimos teores de piperina, o que faz com que seus efeitos no organismo humano sejam predominantemente benéficos. Além disso, seu sabor inconfundível e marcante e seu aroma agradável fazem dela a variedade mais apreciada e mais apropriada à maioria dos pratos. Contudo, é importante salientar que as espécies de pimenta comercializadas como sendo malagueta, via de regra, são espécies híbridas, resultantes de cruzamentos realizados para desenvolver variedades mais produtivas, mais resistentes a pragas e menos atrativas aos pássaros e insetos, uma vez que a malaguetinha original é altamente susceptível a todos esses ataques.

Uso nos terreiros:

A folha pimenta (ata) é de vital importância para assentar Esù, significa elevação, porém em vários terreiros e comumente utilizada em trabalhos maléficos. Seus frutos são utilizados nas comidas de Esù e de Sàngó. A planta toda, inclusive os frutos são gún e participa do compartimento Fogo.
Suas folhas são indispensáveis para assentar Èsù, pois representa elevação.
Na santeria cubana, é uma planta associada a Èsù, Ògún e Osányìn (Cabreira 1992:295) utilizada tanto em trabalhos maléficos como em benéficos.

Embora geralmente associemos o seu uso com a finalidade de proteção ou ataque (ela é muito usada em rituais de "queimação") ela também pode ser empregada em diversos outros rituais.

Dentro da bruxaria (ritual wicca) é muito utilizada uma espécie de pimenta conhecida como pimenta da jamaica (Pimenta dioica). Seu uso se faz em infusões e na confecção de incensos, que juntamente com diversas invocações tem o poder de atrair dinheiro, boa sorte e afastar discussões dentro de casa. Suas folhas também têm propriedades medicinais analgésicas e para curar disfunções ginecológicas.

Dentro da magia cigana (aqui fundida com diversas práticas umbandistas), podemos observar algumas entidades (poucas) que utilizam a pimenta do reino (Piper nigrum) em seus sortilégios.

Uma característica importantíssima que não podemos esquecer é que a pimenta (malagueta- Capsicum frutescens ou dedo de moça- Capsicum baccatum, entre outras) tem o poder de nos dar força, confiança e vitalidade.

Uso em Ifá:
Planta usada em Ifá; principalmente, para assentar Esù..

Outros nomes yorùbá: ata olobenkàn e ata sísebé (Verger 1995:644)
Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.

dica: pimenta não gosta de solo encharcado, na dúvida, antes de regar de novo ponha o dedo na terra e sinta se está muito úmido. Se ainda estiver não molhe. Outra coisa, retire sempre as pimentas maduras e as folhas e galhos secos. Ela vai ganhar muito mais força.

Por fim: embora a pimenta (Capsicum sp.) seja considerada uma planta perene (ou seja, todo ano ela produz flores e frutos), depois de alguns anos é bom guardar algumas sementes e plantar novas mudas pois com o passar do tempo ela vai perdendo a força.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

ORÉGANO

Há quem se pergunte: como uma erva aromática pode facilitar a digestão dos alimentos se a usamos em tão pouca quantidade, apenas como tempero?

Primeiro, apesar da pequena quantidade, as ervas atuam realçando o sabor dos alimentos e ativando a ação das glândulas salivares, que iniciam o processo digestivo. Além disso, cada tipo de erva apresenta em sua composição princípios ativos presentes principalmente no óleo essencial, de forma que são capazes de agir no organismo mesmo quando a planta é usada apenas como um tempero. Mas, se a argumentação ainda não for convincente, é possível responder à esta pergunta seguindo as reações do nosso organismo quando exalamos o aroma de um prato preparado com ervas aromáticas:

O aroma ativa as células nervosas das narinas que, imediatamente, transmitem o estímulo ao nosso cérebro com uma mensagem de que “o alimento está a caminho”. O cérebro, por sua vez, passa a mensagem para as glândulas salivares, avisando-as que devem elevar a produção de saliva. O resultado é que aumenta a presença de uma enzima que ajuda a digerir os carboidratos, como batatas e massas em geral (pães, macarrão, pizzas, etc.). Outra mensagem é enviada ao estômago, para que aumente a quantidade de ácido clorídrico - principal elemento do suco gástrico. Enquanto isso, no intestino é estimulada a secreção de uma substância hormonal que ativa o pâncreas e o figado, colocando-os em alerta para o início do processo digestivo.

O orégano (Origanum vulgaris) é considerado um tônico para o aparelho digestivo, pois seu forte e inconfundível aroma, o sabor amarguinho e picante resultam do seu óleo essencial, composto por cervacol, cimeno, linalol e tanino que garantem as propriedades digestivas. A erva também é usada em infusão para tratar problemas como tosse, bronquite e cólicas intestinais.

Estas propriedades eram bem conhecidas pelo antigo povo romano, que difundiu o uso do orégano por todo o seu império. Tanto isso é verdade, que hoje ele é um dos temperos mais adicionados em pratos típicos da cozinha italiana, como molhos de tomate, berinjela à parmegiana, massas e, é claro, pizzas.

Na Grécia Antiga, esta erva também era valorizada. A palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva tinha o poder mágico de trazer felicidade.

Orégano não é manjerona

Originária das regiões da Ásia e Europa mediterrânea, a planta apresenta muitas espécies, sendo todas muito aromáticas. Erva perene, cuja altura pode variar de 25 a 80 cm, pertence à família das Labiadas. O orégano é uma planta herbácea, com raízes na forma de caules subterrâneos (rizomas). Bastante ramificado, produz folhas pequenas, ovais e pecioladas, medindo de 1 a 5 cm. As flores são pequenas e apresentam cores como o púrpura, rosa, branco ou uma mistura delas, surgindo do início do verão até meados do outono. Há regiões no Brasil, entretanto, onde a planta vive vários anos sem nunca produzir flores.

O orégano se propaga pela divisão das touceiras, por estaquia ou por sementes. O plantio deve ser feito em solo leve e rico em matéria orgânica. A planta se desenvolve bem sob sol pleno e precisa de proteção contra ventos fortes e frios.

Como as folhas do orégano são muito parecidas com as da manjerona (Origanum majorana ou Majorana hortensis Moench.), as duas plantas são bastante confundidas. Ambas pertencem ao mesmo gênero (as duas são Origanum) e o orégano é inclusive conhecido como manjerona-silvestre ou selvagem. Mas as duas ervas diferem pelo tamanho, pela cor das flores (as da manjerona são violáceas ou branco-esverdeadas), pelo aroma e pelas folhas: a manjerona apresenta folhas mais ásperas, com uma textura mais firme e uma leve penugem.

Fresco ou seco, o orégano exala um perfume intenso e muito agradável, porém, depois de seco, deve ser usado de preferência antes de completar um ano, pois começa a perder suas propriedades aromáticas.

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

BAMBU

Nome científico: Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl.

Família: Poaceae.

O Brasil é o país com maior número de tipos de bambu da América Latina, com 134 espécies, o equivalente a 10% da diversidade mundial.

Força, flexibilidade e leveza são algumas das características da planta e a colocam como excelente opção da alimentação à fabricação de inúmeros produtos

Sinônimos botânicos:
Arundarbor fera (Miq.) Kuntze, Arundarbor monogyna (Blanco) Kuntze, Arundo fera Oken, Bambos arundinacea Retz., Bambusa bambos (L.) Voss, Bambusa blancoi Steud., Bambusa fera Miq., Bambusa humilis Rchb. ex Rupr., Bambusa madagascariensis Hort. ex A. & C. Riviere, Bambusa mitis Blanco, Bambusa monogyna Blanco, Bambusa sieberi Griseb., Bambusa surinamensis Rupr., Bambusa thouarsii Kunth, Leleba vulgaris (Schrad. ex J.C. Wendl.) Nakai, Nastus thouarsii Raspail, Nastus viviparus Raspail.

Outros nomes populares:
bambu; bambus (alemão); bambú (espanhol, italiano); bambou (francês); bamboo, common bamboo (inglês); bans, kapura, magar (hindú), chuk-kwang-chukan, k’u-chu, t’ien-chu-nuang, t’ien-chu-yuen (chinês), tacuará (casteliano), tvak-kshira, vansa (sánscrito).

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais:
- folhas: afrodisíaco, antiartrose, anti-helmíntico, emenagogo, estimulante, peitoral, remineralizante, tônico;
- brotos: antidisentérico, depurativo, estomáquico;
- sucodos brotos: calmante (nas afecções nervosas);
- concreções entre os nós dos colmos: contra veneno (para qualquer substãncia tóxica), antiparalisia, antiflatulência, febrífugo, depurativo;
- água dos colmos: contra venenos (em geral), anti-hemorrágica, antiafecções nervosas, anti-hemorroidária, antidiarréica, digestiva;

Indicações: afecções nervosas, artrose, contra veneno (substância tóxica), diarréia, doenças da pele (rizoma), disenteria, febre, gases, hemorragias, hemorróidas, intoxicações, osteoporose, paralisia, perturbações do estômago; remineralizar unhas, cabelos e cartilagens.

Parte utilizada: folhas, brotos, água, nós.

USO RITUALÍSTICO:
É um poderoso defumador contra Kiumbas e seu banho é excelente contra perseguidores.
limpeza de ambientes,descarrego,afasta energia negativa.

pesquisa: aurea oliveira

ARNICA

Nome científico da Arnica:
Arnica montana L.

Família da Arnica montana:
Asteraceae.

Outros nomes populares da Arnica montana:
arnica-das-montanhas, arnica-verdadeira, panacéia-das-quedas, quina-dos-pobres, tabaco-de-montanha, tabaco-dos-saboianos; arnica-verdadeira; echte arnika (alemão), arnica (espanhol, francês, inglês e italiano), arnicae (latim).

É uma planta herbácea, de caule pouco ramificado, que pode medir entre 20 e 70 cm de altura. Suas raízes são escuras e fibrosas, com folhas ovais que podem chegar a 7 cm de comprimento. Suas flores são amarelas ou alaranjadas, com aspecto semelhante ao da margarida. As partes da planta utilizadas para fins medicinais são as folhas e flores. Entretanto deve ser usada com restrição, pois é uma planta que, além do seu poder medicinal, produz várias substâncias tóxicas. A utilização em jardins aromáticos é interessante pelo suave perfume exalado das suas folhas.

Constituintes químicos da Arnica montana:
ácido cinâmico, ácido fórmico, ácido fumárico, ácido isobutírico, ácido isovalérico, ácido tânico, alcalóide, arnicina, arnifolinas, astragadol, cadineno, carotenóides, ceras, chammisonólidos, colina, cumarinas, escopoletina, esteróis, faradiol, flavonóides (isoquercetina, luteolina, astragalina), fitosterina, glicosídeos, helenalinas, heterósido flavônico, humuleno, inulina, mirceno, óleo essencial (0,23 a 0,35%), óxido cariofilênico, resinas, taninos, timol, triterpenos (arnidol, pradiol e arnisterina), umbelliferona, xantofila.

Propriedades medicinais da Arnica montana:
analgésica, anticongestiva, antiinflamatória, antimicrobiana, anti-seborréica, anti-séptica, cardiotônica, estimulante, estimulante do crescimento capilar, hipotensora, tônica, vulnerária.

Indicações da Arnica montana:
apoplexia, asma, arteriosclerose, cabelos (queda, caspa, dermatite seborréica, oleosidade), catarro, contusões, coqueluche, distensão muscular, dores (musculares, articulares, reumáticas, de entorse, de contusões), entorse, espasmo, ferimento, febre, furunculose, golpes, gota, edema, hematoma, inflamação, inflamações na boca, inchaço, nevralgia, hemorragia, machucaduras, músculos doloridos, nevralgias, pressão alta, problemas ligados ao joelho, reumatismo, sistema circulatório (estimulante), traumatismo, úlcera do estômago.
Parte utilizada da Arnica montana:
flores, folhas, rizoma.

Contra-indicações/cuidados com a Arnica montana:
uso interno e externo na gestação, lactação e indivíduos sensíveis à planta. Nunca usar internamente se há distúrbios gastrintestinais, tais como úlcera duodenal, gastrite, refluxo esofágico, colite, diverticulite… A arnica montana não deve ser usada internamente, para qualquer finalidade, sem supervisão médica.

pesquisa: aurea oliveira

HORTELÃ

Estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, identificou que a hortelã brasileira (Hyptis crenata), conhecida no Brasil como hortelã-brava e salva-de-marajó , possui propriedades analgésicas muito parecidas com a de medicamentos vendidos comercialmente.

Muito utilizada para tratar febre, gripe, dor de cabeça e dor de estômago, estimulante, carminativa, antiespasmódica e um tônico poderoso para organismos depauperados. Elimina cálculos biliares, icterícia, palpitações, tremedeiras, vômitos, cólicas uterinas, dismenorréia, prostatite e tosse, favorecendo a expectoração e eliminando das toxinas.

A planta ainda é ideal para insônia, flatulência, vermes e problemas digestivos, sejam gases, prisão de ventre, dores de barriga ou de estômago. Isso porque excita, estimulando estes órgãos com a contração do estômago e movimentos peristálticos do intestino. É muito usada para cólicas e timpanite, principalmente se forem de origem nervosa. Seu sumo, embebido em algodão, melhora as dores de dentes. Na amamentação, aumenta a produção do leite. Antiséptico bucal, elimina aftas, infecções da boca em geral (bochechos) e garganta (gargarejos). A hortelã é também analgésica, indicada nas cólicas intestinais, hepáticas e nefríticas. É ótima para problemas circulatórios, depurando o sangue. Além disso, ela acalma…

A erva teve seus poderes terapêuticos comprovados por cientistas, que equipararam seus efeitos aos de uma aspirina do tipo indometacina. A equipe fez uma pesquisa no Brasil de como é preparado o chá e qual é a quantidade ingerida para reproduzir de maneira fiel os efeitos do tratamento.

Segundo os pesquisadores, o método tradicional é ferver a folha seca da erva por 30 minutos e deixar esfriar antes de beber.

Testes iniciais realizados com ratos obtiveram sucesso e, segundo os pesquisadores, o próximo passo é planejar testes clínicos para aliviar a dor nas pessoas utilizando a hortelã brasileira como medicamento terapeutico durante estudos futuros.

Com grande capacidade de adaptar-se a climas diferentes, a hortelã é conhecida no mundo inteiro, não só pelo seu sabor, mas também pelo gostoso aroma e valor terapêutico.

Dica de cultivo: é fundamental cultivá-la em solo úmido e rico em matéria orgânica


RECEITAS PRÁTICAS DE HORTELÃ

Para vermes (Giardia e Ameba)
- 2 colheres (de sopa) de sumo de hortelã;
- 2 colheres (de sopa) de mel de abelhas.
Misturar os dois e tomar em jejum, durante 15 dias. Descansar dez dias e repetir por mais 15.

2-) cha para giardia e ameba
ferva uma xíc. de agua e colque por cima de tres raminhos macerados de hortelã. tome metade da xic. de manhã e outra metade a noite( para crinças acima de 2 anos até 8 anos). adultos dobrar a quantindade.

Tintura de hortelã
Deixar em maceração no álcool absoluto que é mais puro, durante 30 dias. Pode-se usar direto no local, sem diluir na água, por ser de uso externo. Fazer fricções no local. A tintura da hortelã é indicada para reumatismo, artrite, artrose ou qualquer dor muscular. Se precisar ingerir, colocar 21 gotas em meio copo d’água (para crianças, metade da dose), tomando de três a quatro vezes ao dia. Nos casos não indicados, usar chás, de preferência com folhas verdes e frescas. Caso não seja possível, usar folhas secas ou tinturas.
Receita de hortelã para coceira e picadas de insetos
Pilar (moer no pilão) bem as folhas e aplicar sobre a pele. Se forem misturadas com argila, o efeito pode ser mais rápido.

COMO FAZER O SUMO
Pilando bastante as folhas e depois coando num pano fino, tipo gaze, apertando bem para aproveitar ao máximo. Nunca se deve liquidificar.

COSMÉTICA

Em geral bom para o rejuvenescimento da pele e refrescante. O hortelã pimenta é adstringente e clareia o tom da pele; bom também para infusos para bochecho do hálito.

Sauna facial antinevrálgica:
em uma tigela, adicione 1/2 litro de água fervente a 25 gramas de hortelà pimenta. Exponha o rosto aos vapores, cobrindo a cabeça com um pano formando uma cabana para o rosto.

Banho estimulante:
Ferver em fogo brando por 3 minutos 50 gramas de folhas de hortelã em um litro de água. Misturar à água da banheira (tomar pela manhã).

Uso caseiro:
Plantar perto das rosas para afastar os pulgões. Espalhar folhas frescas ou secas nas despensas, para afastar os ratos.

Uso culinário:
Bom para kibes, molhos, saladas, carnes. A geléia de hortelã acompanha carne ou costeleta, carneiros assados. Ervilhas condimentadas com hortelã. Curtida com vinagre dá toque especial para saladas e assados. Pode ser acrescentada em ovos mexidos e omeletes.

Uso mágico:
Atribui-se às mentas poder afrodisíaco. Seu uso está associado aos feitiços de saúde, proteção, dinheiro e exorcismo.

Aromaterapia:
Fortalece a auto-confiança, dissolve pensamentos negativos, medo e egoísmo.

Efeitos colaterais:
Não deve ser consumida em grande quantidade por crianças e lactantes, pois pode causar dispnéia e asfixia.As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo, pois a pulegona contida na planta exerce ação paralisante sobre o bulbo raquidiano. Pode causar insônia se tomado antes de deitar.

pesquisa: aurea oliveira

AVENCA

A Avenca de nome científico Adiantum é um genero de aproximadamente 200 espécies de fetos da família Pteridaceae, embora alguns investigadores a coloquem no seu próprio grupo com o nome de Adiantaceae.

O nome científico, Adiantum, deriva do grego 'adiantos' que significa 'que não se molha', pois as gotas de chuva deslizam sobre as folhas da avenca, sem molhá-las.

Muito conhecida como Cebola-de-Venus ou Cabelo-de-Anjo, a Avenca é uma planta perene originária dos Estados Unidos, Brasil e México.

A maior diversidade de espécies encontra-se nos Andes - América do Sul. Também existe muita diversidade na Asia com cerca de 40 espécies na China.
No Brasil é uma planta nativa.

Modo de cultivo:
Para cultivá-la, é preciso ter bastante cuidado com ela, pois é muito frágil, e as suas folhas podem murchar com facilidade.
Para que ela cresça é essencial que haja calor, umidade e luminosidade indireta. A sua propagação é através das suas sementes, esporos, que são arrancados pelo vento e podem crescer em qualquer sítio.
As Avencas preferem geralmente locais ricos em humus, úmidos, e com escoamento de àgua, variando de terrenos planos a paredes de rocha. Muitas especies são conhecidas por crescerem em falésias de rocha próximo de cascatas e zonas com escoamento de àguas.
A avenca, apesar de crescer nas matas e ser cultivada em interiores, necessita de muita luz, mas o sol direto sobre ela não é recomendável.
A temperatura pode oscilar entre 10 e 30ºC, mas em dias quentes é conveniente regas mais frequentes ou aspergir água com o borrifador sobre ela, pois necessita de clima úmido.
As regas devem ser feitas no substrato, mantendo a umidade.

Na simbologia, a Avenca é conhecida por espantar as más energias da casa e purificar o ar.

A SUA CONSTITUIÇÃO

Algumas variedades da planta são usadas na medicina tradicional como calmante para a tosse e resolve problemas do couro cabeludo. As folhas da Avenca são, em grande quantidade, e as suas margens recortadas, onduladas ou redilhadas. Não crescem mais do que 50cm de altura e são bastante comuns em ambientes interiores.

USOS

Na Saúde:
usam-se as folhas para fins medicinais. Tem propriedades adstringentes, astiasmática, antibasteriana, anti-inflamatória, antioxidante, digestiva, hepática, expectorante. É aconselhável para infecções respiratórias, asma, febre e constipações, caspa e queda de cabelo, hepatite e para regular a menstruação.

Na Beleza:
em forma de infusão, a Avenca ajuda a manter a higiene do couro cabeludo.

Na Cozinha:
As folhas da Avenca podem ser usadas como tempero em sobremesas e pratos salgados.

Contra-Indicações:
desconhecidas

PARA CURAR GRIPE OU TOSSE

Junte um colher de folhas de Avenca em um litro de água e deixe ferver. Adoce com mel a gosto e tome 2 a 4 xícaras de chá por dia.

pesquisa: aurea oliveira

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ÉTIPÓNLÁ - ERVA TOSTÃO

Nome Yorubá- Étipónlá
Nome cientifica- Boerhaavia difussa L.
Nome popular- Erva Tostão, bredo de porco, pega pinto, tangaraca

Orunmilá é quem traz boa sorte e dinheiro!
A folha de erva-tostão é abençoada por Orunmilá!

Considerações:

Encontrada em todo território nacional atribuída a Sango e Oya goza de grande prestígio nos terreiros como planta "contra feitiços".

- ao atribuí-la ao banho deve se ter cautela pois em demasia pode provocar reações alérgicas no corpo,irritação,coceira,etc

Reverenciada nos rituais de folha com korin (Ifá owó ifá omo, Ewé Étipónlá 'Bà Ifá orò'
cujo significado diz:" Ifá é dinheiro, Ifá são filhos, a folha de Étipónlá é abençoada por Ifá "

As folhas de étipónlá, assim como o pèrègún (Dracaena fragans) são um ótimo remédio contra a aproximação de egun.

É facilmente encontrada, crescendo espontaneamente em calçadas e vias públicas.

Uso medicinal:
combate afecções renais e das raízes desta Planta se faz um vinho que é diurético e regularizador das funções hepáticas.

pesquisa: aurea oliveira

AJOBÍ FUNFUN - AROEIRA BRANCA

Nome Yorubá-Ajobi Funfun, Ajobi jinjin
Nome Científico- Lithaea molleoides
Nome Popular-Aroeira branca, aroeira de fruto do mangue, aroeirinha.

Considerações:

Encontradas nos estados do nordeste ao sul principalmente, usada em sacudimentos, sendo considerada uma folha gún( quente), utilizadas em banho de descarrego porém seu uso é muito restrito pois não se deve levar esta folha a cabeça para banho.

Em algumas casas é proibido seu uso pois dizem as crenças, que está folha desprende emanações perigosas a quem dela se aproxima necessitando uma cautela significativa para colhê-la, reações, como perturbações na pele e nos olhos,

Uso na medicina:

Excitante e diurética , o cozimento da casca serve para combater diarréias infecções das vias urinarias.....

pesquisa: aurea oliveira

AJOBÍ PUPÁ - AROEIRA VERMELHA

Nome Yorubá-Ajobi,Ajobi Pupá, Ajobi oilé
Nome científico- Schinus therebenthifolius
Nome popular- Aroeira-comum, aroeira vermelha, pimenta do Peru

Considerações:

Encontradas em regiões nordeste sudeste e Sul, nos candomblés jeje-nagôs são usadas nos sacrifícios de animais quadrúpedes forrando-se o chão com ela, agrada muito o Orisa para o sacrifício. As Crenças enraizadas dizem que pela manha esta Ewé pertença a Ogun a tarde pertença a Esu e ainda sirva para vestir Ossanyin. Seus galhos são utilizados para ebós e sacudimentos.

uso na medicina:
Anti-Reumático,sua resina serve para combater bronquites crônicas casca quando cozida, indicada contra feridas, tumores , inflamações em geral, corrimentos e diarréias.

pesquisa: aurea oliveira

ÀBÁMODÁ - FOLHA DA FORTUNA

Nome Yorubá- Àbámodá
Nome científico - Bryophillum calcinum/ Kalanchoe pinnata
Nome popular- Folha da Fortuna, folha grossa, Milagre de São Joaquim

Considerações:
Usadas em Cerimônias em Ilè Ifé, Terra de Ifá, para Obatalá e Yemowo conhecidas nas terras de Orisas como Erun odundun, Kantí-Kantí, Kóropòn segundo Pierre Verger.

Alguns de seus nomes tem significado importante, Àbámodá significa:
"o que vc deseja vc faz",mas caso necessária para outras atribuições como substituta do Odundun (Folha-da-Costa), deve ser chamada erú odundun cujo nome significa "Escravo de Odundun", é uma folha muito positiva e considerada de muito prestígios pelos adeptos, em suas folhas nascem brotos nas bordas cujas este representam sinal de prosperidade, fato esse de ser importante na composição do Àgbo.

No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores porém muitos a usam para os Orisas Funfun Como Osala e Ifá.

Uso medicinal- Diurético e sedativa, combate nevralgias, encefalias, dores de dente afecções das vias respiratórias, externamente contra doenças de pele, feridas. furúnculos, dermatoses em geral .


pesquisa: aurea oliveira

ÁRVORE SAGRADA - OBÍ ABATÁ

Avi; Vi; Obi Abàtà

Este atin dá um obi que possui quatro gomos, algumas espécies dão de cinco, o qual é oferecido a Gu, os de quatro além de serem oferecidos a certos voduns em certos rituais, e de possuírem propriedades medicamentosas e nutritivas, também servem para consultá-los e consultar os antepassados, é o tipo mais consumido de cola no Benin e na Nigéria, seu extrato segue a mesma utilização do extrato de Kola nitida à nível industrial.

A denominação que os guns lhe conferem é Avi, os fons lhe conhecem por simplesmente Vi e os nagôs e iorubas lhe denominam por Obi Abàtà ou Awedi.

pesquisa: aurea oliveira

ÁRVORE SAGRADA - OBÍ GBANJÀ

Gbanja; Golo; Obi Gbanjà

Este atin dá frutos que possuem dois gomos, a cola ou “obi”, é muito conhecido no Brasil como Obi Banjá, em Fon é Golo, em Gun é Gbanja, e em Yorùbá seu nome é Obi Gbanjà.

Possui propriedades medicamentosas e nutritivas, é um alimento muito apreciado, e oferecido em rituais de voduns.

Da cola se obtém um extrato utilizado na fabricação de certas bebidas que são muito apreciadas e ganharam o mercado internacional.

A comunidade de Allada (Ayou), pronuncia-se Ayú, é uma das comunidades que se baseiam comercialmente no plantio de Gbanja.

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ÁRVORE SAGRADA - OROGBO

Ahowe'tin; Orogbo

O ahowe'tin (Fon e Gun) ou Orogbo (Nagô e Yorùbá) é o atin do fruto muito conhecido no Brasil como orogbo e em Candomblé Jeje por ahowe.

Este fruto é consumido como alimento, e utilisado nos rituais de voduns com muitas finalidades. Tem muitas propriedades medicamentosas, como no tratamento natural da diabetes, angina, icterícias, cefaléias, tipos de anemias, etc.

Esta árvore é mencionada em Fá, no dù Di Medji como a árvore dos que procuram pela fortuna, como descrito por Verger na Trajetória de Iya mi Odù do céu à terra.

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ÁRVORE SAGRADA - AGNAN

Ayan; Anya'tin; Agnan

Trata-se de um arbusto muito exótico e que pode atingir uma boa altura.

Conhecido em fon como Ayan; Anya'tin; Agnan /ainhã/, a Dracena é muito utilizada nos conventos de vodún sinsen geralmente decorando com suas folhas ritualísticas e medicinais (Anyama), dividindo espaços, delimitando áreas e servindo de local de adoração do vodún (vodum ou vodun) Xebioso ou Hevioso (Heviosso) do trovão. Seu aspecto decorativo chama muito a atenção do transeunte, são ornamentais em residências, dentro em vasos, nos jardins, ruas e praças, são muito comuns seus variados tipos tanto na África, quanto na Europa e no Novo Mundo.

Uma das espécies de dracena, porquê são muitas, conhecidas no Brasil e no Benin é o “Pelegun”(Peregum) a Dracaena fragrans, ou Pepelegun, termos do nagô; Folha-de-Nativo, Pau-d'água ou Pau-da-Sorte, ele é muito utilizado nestes lugares e com uso similar ao Ayan. Ainda no Brasil, atribui-se o arbusto de folhas listadas verde e amarelo ao vodun Gbesen (Dangbe) e o de cor verde ao òrisà Òsòsi dos nagôs.

As de folhas verdes (Anyama) no Benin são atribuidas à divindade do trovão e envolvidas em preceitos e festividades do vodún Age, pelo menos em Abomey. Seu cacho florido possui um agradável odor exalado durante a noite que pode ser identificado à distância.

Existem pessoas do culto que crêem firmemente eque este perfume exalado é capaz de afastar coisas ruins, maus presságios e maus espíritos.

As suas folhas são utilizadas em muitos rituais dentro do Candomblé, desde a tradicional limpeza ritualística as iniciações de vodún, de òrisà, e muitas outras obrigações.

pesquisa : aurea oliveira

ÁRVORE SAGRADA - IGI OKPE

Detin; Ede; Igi Okpe

Muito conhecido na Bahia como Dendezeiro.

No Benin é conhecido como Detin em Língua Fongbe e no dialeto Gun (de Allada) que é uma variação do fongbe entre outras, e por Ede em adja.

Os nagôs e iorubás denominam este coqueiro por Igi Okpe.

Do fervimento se sua polpa surge o azeite-de-dendê (zomi ou ami-vovo dos fons; epò-pupa dos nagôs e iorubás).

E do coquinho, o okwe conhecido pelos mahis, é preparado o adin (óleo de sòsò) e isto desagrada a Legba, sendo um legbasu (proibição de Legba; de su- proibição) porquê envolve a destruição do coquinho para seu preparo, e os coquinhos são sagrados de Fá, divindade da advinhação com a qual Legba colabora servindo de intermediário no Fá-Titê (Jogo do Okpele-Ifá em yorùbá), trazendo as respostas de Fá através da leitura dos dùs (destinos).

Por isto Legba não gosta do adin. Devido ao temor que se tem da divindade, as indústrias não costumam utilizar do coquinho de quatro orifícios, ou olhos, sagrados do Fá, e procuram usar nos processos aqueles que não servem para o jogo, com números de olhos distintos.

O azeite-de-dendê movimenta uma boa parte do mercado de exportação e do mercado interno de muitos países do oeste africano. Ele é o óleo natural mais rico em vitamina A vegetal (b-carotenos) até então conhecido.

O dendezeiro, que dá frutos que servem ao ritual de advinhação, é consagrado ao vodun Fá.

pesquisa: aurea oliveira