quarta-feira, 6 de abril de 2011

ÁRVORE SAGRADA - ZAN

Zan

Existem muitas variedades de palmeiras de ráfia no Benin, e de uma forma geral, todas elas servem para a confecção de objetos de culto e de utensílios domésticos, e também na alimentação.

Da maioria delas se aproveita as folhas para um trançado de cestos, cordas, esteiras, telhados de palha, etc.

Elas são em geral denominadas de Zan pelos fons.

Também se utiliza a Raphia para a alimentação com a fabricação do “sodabi” (bebida alcólica tipo vinho; um vinho de palma); para os ritos de zangbeto, de espíritos de caçadores e guaridões da noite; os ritos de vodun, e de iniciação ao vodun, no Benin e na diáspora, enfim que envolvem a confecção de vestimentas e adornos elaborados com as folhas desta palmeira que também é conhecida pelos mahis, nagôs e iorubás sob a denominação de Iko ou Igi Ogoro, em gun seu nome é Apelle Kode ou Oba.

Durante período longo da iniciação os hun'sis (vodunsis; iniciados), além de aprenderem outros trabalhos e estudos religiosos aprendem a trabalhar artezanalmente a palha e a tecê-la, produzindo trabalhos para uso interno do hunkpame (vodunkpame; convento) e para serem vendidos fora dele de modo a angariar fundos que serão anexados nas despesas do mesmo.

O convento é o local de preparo do indivíduo para a sociedade, e reintegração à sua família, tendo em vista a obdiência a ancestralidade como principal fator de coesão social.

Existem também a palmeira Hóxódé (Hohode) que é consagrado a Hoho entre os fons, os voduns gêmeos que representam a benção da duplicidade e prosperidade, muito conhecidos entre os nagôs e iorubás como Ibeji.

pesquisa: aurea oliveira

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