quarta-feira, 6 de abril de 2011

ÁRVORE SAGRADA - AKOKO

Ahoho; Akoko; Hunmatin

O Ahoho é um arbusto, rico em proteínas, possui propriedades sedativas, e é um dos “huntigomé”, ou seja:
Atin onde é, de uma forma geral, cultuado Gu, o vodún guerreiro e dono do ferro e do gu-wui, seu sabre sagrado e símbolo de um rei; o termo “huntigomé” se perdeu em Cachoeira, Bahia, onde ficou substituído pela palavra “jassu” em alguns candomblés de Jeje Mahi.

Este arbusto é muito conhecido no Brasil pelo nome de Acocô, entre os mahis pelo o nome de Ahoho, entre os minas por Hunmatin, e entre os iorubás e nagôs como akoko, onde eles costumam cultar o òrisà Ogun (Gu entre entre os Fons) à sua sombra, também utilizam-no como cercas delimitando espaços, e como forragem, exceto para cavalos, quando ainda pequenas e tenras mudas.

A tradição dos mahis no Brasil faz com que se coloque um pequeno galho ou folhas de ahoho presas ao corpo, e quiçá alusivamente à arruda dos portugueses, atrás da orelha, ao se deslocar em viagem, de um lado para outro, e mesmo para ir se entregar uma oferenda em local distante, este comportamento é a certeza da proteção do vodun durante os percursos de ida e de volta. Quando do retorno, retira-se e despacha-se.

Suas folhas são sagradas e representam prosperidade para a obrigação de sete anos de vodunsi, junto com a folha conhecida por Oniferé, a folha do ahoho também representa a proteção de Gu na trajetória de suas vidas pelo mundo. São folhas também relacionadas com rituais de purificação, principalmente no Benin.

As crenças africanas costumam mencionar que Gu costumava descançar sob o Ahoho em suas longas caminhadas. Este vodun é representado por qualquer peça de ferro depositada sob o atin, e é ali que recebe suas oferendas votivas.

pesquisa: aurea oliveira

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