Àgbàdó (milho)
Venerado companheiro, o àgbàdó (milho) é consagrado não só ao orisá da caça (Odé), mas também está ligada ao culto de Osalá, Ogún e Sangò, sendo fundamental ainda nos rituais ao inkissi Dandalunda.
Nome Yorubá- Àgbàdó
Nome científico – Zea Mays L., Gramineae, Sinonímia: Mays americana Baumg.; Mays vulgaris Ser.; Mays zea Gaertn.; Talysia mays Kuntze; Zea alba Mill.; Zea altissima C.C. Gmel.; Zea americana Mill.; Zea amylacea Sturtev.; Zea amylacea saccharata Sturtev.; Zea cryptosperma Bonaf.; Zea everta Sturtev.; Zea indentata Sturtev.; Zea indurata Sturtev.; Zea maiz Vell.; Zea minor C.C. Gmel.; Zea praecox Steud.; Zea saccharata Sturtev.; Zea segetalis Salisb.; Zea tunicata Sturtev.; Zea vaginata Sturtev.; Zea vulgaris Mill.
Nome popular- Milho, Português; Maïs, na Alemanha; Maíz, Borona, Grano Turco, Mais, Maíz de Indias, Panizo de Indias, em espanhol; Blé de Turquie, Gaude e Maïs, na França; Corn e Silk, em inglês; Fromentone e Grano Turno, na Itália.
Descrição :
Trata-se de uma planta herbácea de alto porte (até 2,5 metros de altura), pertencente à família das Pascias (Gramíneas), caracterizada por apresentar caules eretos com folhas alternadas, largas, lanceoladas, com bainhas, de margem áspera e cortante; flores masculinas reunidas em panículas terminais, e femininas séseis, reunidas em espigas de tamanho grande rodeadas por brácteas membranosas entre as que emergem numerosos estilos filiformes.
O fruto aparece em cariópside, redondo, brilhante, de cor amarelada, inserido no eixo engrossado da inflorescência.
Origem
O milho seria originário de América do Sul, ainda que existam algumas dúvidas sobre seu real lugar primogênito devido a que não foi conhecido em estado silvestre. Alguns indicam que seria originário do Peru, outros indicam Colômbia e um terceiro a América Central, tendo havido historiadores que fizeram referência a origem asiática (Birmânia ou as colinas de Naga), ainda que esta teoria tenha pouca credibilidade.
O certo é que o milho é cultivado atualmente em todo o mundo, sendo os Estados Unidos o principal produtor. Junto ao arroz e o trigo constituem os principais alimentos vegetais para a humanidade
Parte utilizada
Os estilos e estigmas (conhecidos popularmente como "barba de choclo") e a fração insaponificável de óleo de germe de milho. Os estilos e estigmas se colhem quando o fruto está amadurecido.
A separação do gérmen a partir da trituração do grão permite através do mecanismo de pressão e calor (previamente lavado para eliminar restos de amidos e glúten) obter o óleo de milho cru, o qual logo é clarificado por filtração e decantação e posteriormente refinado para eliminar os ácidos graxos por esfriamento e filtração.
História
O milho constituiu o cereal mais importante da América devido a importância dos amidos na alimentação e a indústria. Tem-se encontrado restos fósseis do pólen de milho que datam de 6.000 - 6.500 anos de antigüidade. Na América começaram a cultivar a partir do século XV, existindo algumas referências de seu conhecimento pelos astecas.
Os nativos peruanos extraíam desta planta alcalóides os quais eram utilizados em cerimoniais religiosos. Cristóvão Colombo levou em 1502 amostras deste cereal para a Espanha, e dali ganhou uma rápida expansão até ao sul da Europa, norte de África e Oeste de Ásia.
A partir de sua chegada à América do Norte, se expande finalmente à China durante o século XVI.
Uso Ritualistico: Pertencem aos Orixás Ogun, Oxossi, Xangô, Yemonjá e Oxalá.
As sementes são de uso básico nas casas de candomblé, seja na culinária dos orixás, seja na alimentação cotidiana da comunidade.
O milho branco - Àgbàdó Funfun - é empregado no preparo de acaçá (manjar envolvido em folha de bananeira) e ebô (milho cozido) para Oxalá, Iemanjá e outros Orixás.
O milho vermelho - Àgbàdó Pupa - serve para fazer o acaçá vermelho (para Exú e Ogun), o Axoxó (milho cosido) para Oxossi, Logum Edé e Ogun, e entra na composição do aluá, bebida fermentada de origem africana, servida em dias de festas nas casas de santo.
O milho alho - Àgbàdó kékeré, para Obaluaiyé, Nàná e Oxún.
O milho verde em espiga é próprio de Oxossi, sendo também oferecido a Ayirá, no ritual da fogueira. Serve, também, para fazer uns bolinhos semelhantes ao acarajé, que são apreciados por Yewá.
A planta toda é atribuída a Oxossi, e as folhas são usadas em defumação de terreiros e para "lavar os assentamenos de Exú" para atrair prosperidade e fartura.
A água do milho branco cozido é utilizada em banho calmante.
Os grãos são utilizados nos terreiros, no preparo de varias iguarias que são ofertadas aos òrìxà, tais como:
Ègbo, ègboyá, axoxo, àdun, guguru, akasá branco, akasá de leite, egidi (akasá de milho amarelo), ekó etc.
Vegetal gún, utilizado para atrair prosperidade e boa sorte.
Elementos: Terra/Masculino
Uso em Ifá;
“As folhas (ewe àgbàdo) são usadas em um trabalho para trazer boa sorte (àwúre oríre) que se classifica no odú ìwòrì òfún, também chamado ìwòrì àgbàdo” e em “trabalho para se obter favores das feiticeiras” (Verger 1995:41/42).
Do odu Èjìogbè em “receita para tratar vômito e diarréia” (Verger 1995:185).
“A espiga de milho inteira, odidi àgbàdo, é usada em uma receita para ajudar a mulher a ter um bom parto (awebí) classificada no odu que trata do nascimento de crianças, (...) ogbè òtúrúpon ou ogbè tún omo pon” (Verger 1995:43)
“O sabugo do milho (pòpórò àgbàdo) é usado em trabalho para sair vitorioso de uma luta (ìsegun ìjàkadi), classificado no odù ose méjì ou ose oníjà, “ose-que-gosta-de-briga” (Verger 1995:43,351)
“A palha (háríhá) que envolve a espiga de milho é usada em uma receita para ajudar a mulher grávida a sentir o corpo leve (...), classificada no odu ogbè òtúrá ou ogbè aláso funfun, “ogbè-dono-da-roupa-branca” (Verger 1995:44,277)
Por fim, com a palha do milho é feito um cigarro que é muito apreciado por uma entidade pertencente à Umbanda e o Catimbó, denominada Zé Pelintra.
O cabelo-de-milho é utilizado em “trabalho para conseguir proteção contra Exu” do odu Ose òtúrá (Verger 1995:295).
Com relação ao cabelo de milho, ele costuma ser oferecido para Ode, junto com a espiga, em trabalhos para obter prosperidade e fartura. Já vi pessoas que o ofereciam para Oyá, com o mesmo objetivo.
Outra forma interessante que eu já tive a oportunidade de observar é a utilização de bonecos “voodoo”, feitos com a palha e os cabelos de milho. Nesse caso o intuito era de aproximar duas pessoas.
O cabelo de milho também é utilizado como um fitofármaco que auxilia nas doenças dos rins, tendo efeito diurético e ajudando a baixar a pressão arterial.
“... os grãos de milho torrados (àgbàdo súnsun) são usados em trabalhos para fazer um processo judicial cair no esquecimento (àwúre aforàn ou ìdáàbòbò l’owo ejo) pertencendo ao odu ogbè òtùrá ou ogbè kòléjó, “ogbè-não-tem-processo-na-justiça”.” (Verger 1995:44-45, 341), e em “receita para tratar inchaço da barriga” do odu Ose ìká (Verger 1995:193).
Do odu Ose òtúrá consta um curioso “trabalho para juntar novamente partes cortadas de um corpo” (Verger 1995:385)
Sassanha:
Kini àgbàdo á mú bó? Igba omo.
Kini àgbàdo á mú bó? Igba asó.
Orí’re ni ti àgbàdo.
Àgbàdo rin hòhò l’óko.
O kó ‘re bó wá ‘lé.
Orí’re ni ti àgbàdo
O que o milho está trazendo de volta? Duzentas crianças.
O que o milho está trazendo de volta? Duzentas roupas.
O milho traz boa sorte.
O milho vai para o campo.
E retorna para casa com boa sorte.
O milho traz boa sorte
Outros nomes yorubá: Àgbàdó funfun, Àgbàdó pupa, okà, yangan, erinigbado, erinkà, eginrin àgbado, elépèè, ìjèéré (Verger 1995:737).
o àgbàdó (milho) é consagrado não só ao orisá da caça (Odé), mas também está ligada ao culto de Osalá, Ogún e Sangò, sendo fundamental ainda nos rituais ao inkissi Dandalunda e em outros rituais.
CABELO DE MILHO
A aplicação na medicina caseira está no cabelo. Nasce das espigas ao fruto e às sementes do milho.
As espigas são ligadas a Deusa Iansâ.
A espiga usada como Yteque (amuleto), dependura na porta da cozinha ou copa, sem que lhe retire a palha, fazendo-se uma alça de palha que capeia a espiga e deixando-se a metade, no sentido do comprimento, descoberta, ficando os gãos à vista. É um modo de atrair fartura de alimentos.
Obs.: Quando estiver secando, trocar por outra verdinha.
Na medicina caseira é usado como diurético e para cálculos renais (toma-se o chá)
pesquisa: aurea oliveira
As folhas,as ervas,as plantas,tem o poder de curar ou matar, fica a critério de cada um , apoiado na Lei do “Livre Arbítrio” e a consciência apoiado na Lei do “Retorno”, fato daqueles que utilizam as faculdades botânicas e mágicas para fazer o mal,sem duvida alguma terão que defrontar com as conseqüências de seus atos. As ervas, devem ser usadas de três formas diferentes: -efeito medicinal - efeito litúrgico - efeito ritualístico.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
LOURO
O louro é uma planta muito comum utilizada em muitos lares por seus importantes benefícios e propriedades, já que pode ajudar a melhorar a digestão.
O louro é uma planta que foi considerada pelos gregos como a árvore sagrada de Apolo. Não em vão, os romanos a utilizavam como símbolo da vitória.
Entre seus componentes, destacam os ácidos fórmico, pelargônio, ácido, cinámico, láurico, caproico, propiónico, linoleico e oléico. Mas, além disso, contém canfeno, terpineno, limoneno e sabineno.
Isso sim, no que se refere a sua composição alimentícia, o louro contém hidratos de carbono, potássio, fibra, cálcio, magnésio, fósforo, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C, entre outros.
Deve-se levar em conta que não convém ingerir louro em excesso, já que pode ser prejudicial para aquelas pessoas que tenham um estômago sensível.
Benefícios e propriedades do louro
*Estimula o sistema digestivo, aumentando as secreções e ajudando aos movimentos peristálticos, o que facilita a digestão.
*Em casos de gripe, bronquite e outras afecções do aparelho respiratório, atua como expectorante.
*Favorece a eliminação de líquido, por isso ajuda aos rins. Além disso, é boa em dietas de emagrecimento.
*Diminui as regras abundantes e favorece as que são pobres, por isso podemos dizer que o louro regula a menstruação.
*Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
*Ajuda igualmente contra a ansiedade e o stress, ao ser uma planta relaxante.
Uso na Umbanda:
No ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.
pesquisa: aurea oliveira
O louro é uma planta que foi considerada pelos gregos como a árvore sagrada de Apolo. Não em vão, os romanos a utilizavam como símbolo da vitória.
Entre seus componentes, destacam os ácidos fórmico, pelargônio, ácido, cinámico, láurico, caproico, propiónico, linoleico e oléico. Mas, além disso, contém canfeno, terpineno, limoneno e sabineno.
Isso sim, no que se refere a sua composição alimentícia, o louro contém hidratos de carbono, potássio, fibra, cálcio, magnésio, fósforo, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C, entre outros.
Deve-se levar em conta que não convém ingerir louro em excesso, já que pode ser prejudicial para aquelas pessoas que tenham um estômago sensível.
Benefícios e propriedades do louro
*Estimula o sistema digestivo, aumentando as secreções e ajudando aos movimentos peristálticos, o que facilita a digestão.
*Em casos de gripe, bronquite e outras afecções do aparelho respiratório, atua como expectorante.
*Favorece a eliminação de líquido, por isso ajuda aos rins. Além disso, é boa em dietas de emagrecimento.
*Diminui as regras abundantes e favorece as que são pobres, por isso podemos dizer que o louro regula a menstruação.
*Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
*Ajuda igualmente contra a ansiedade e o stress, ao ser uma planta relaxante.
Uso na Umbanda:
No ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.
pesquisa: aurea oliveira
PIMENTA MALAGUETA
Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.
A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum frutescens muito utilizada no Brasil, mas também em Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Também é conhecido pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piri-piri. Em Portugal e Moçambique, são chamados de piri-piri os frutos mais pequenos e malagueta os maiores. Normalmente, são usados secos para condimentar carnes. A malagueta, como todas as outras espécies do gênero Capsicum, é nativa das regiões tropicais das Américas.
A pimenta-malagueta silvestre, também conhecida no Brasil como malaguetinha-caipira, destaca-se pela alta concentração da capsaicina e baixíssimos teores de piperina, o que faz com que seus efeitos no organismo humano sejam predominantemente benéficos. Além disso, seu sabor inconfundível e marcante e seu aroma agradável fazem dela a variedade mais apreciada e mais apropriada à maioria dos pratos. Contudo, é importante salientar que as espécies de pimenta comercializadas como sendo malagueta, via de regra, são espécies híbridas, resultantes de cruzamentos realizados para desenvolver variedades mais produtivas, mais resistentes a pragas e menos atrativas aos pássaros e insetos, uma vez que a malaguetinha original é altamente susceptível a todos esses ataques.
Uso nos terreiros:
A folha pimenta (ata) é de vital importância para assentar Esù, significa elevação, porém em vários terreiros e comumente utilizada em trabalhos maléficos. Seus frutos são utilizados nas comidas de Esù e de Sàngó. A planta toda, inclusive os frutos são gún e participa do compartimento Fogo.
Suas folhas são indispensáveis para assentar Èsù, pois representa elevação.
Na santeria cubana, é uma planta associada a Èsù, Ògún e Osányìn (Cabreira 1992:295) utilizada tanto em trabalhos maléficos como em benéficos.
Embora geralmente associemos o seu uso com a finalidade de proteção ou ataque (ela é muito usada em rituais de "queimação") ela também pode ser empregada em diversos outros rituais.
Dentro da bruxaria (ritual wicca) é muito utilizada uma espécie de pimenta conhecida como pimenta da jamaica (Pimenta dioica). Seu uso se faz em infusões e na confecção de incensos, que juntamente com diversas invocações tem o poder de atrair dinheiro, boa sorte e afastar discussões dentro de casa. Suas folhas também têm propriedades medicinais analgésicas e para curar disfunções ginecológicas.
Dentro da magia cigana (aqui fundida com diversas práticas umbandistas), podemos observar algumas entidades (poucas) que utilizam a pimenta do reino (Piper nigrum) em seus sortilégios.
Uma característica importantíssima que não podemos esquecer é que a pimenta (malagueta- Capsicum frutescens ou dedo de moça- Capsicum baccatum, entre outras) tem o poder de nos dar força, confiança e vitalidade.
Uso em Ifá:
Planta usada em Ifá; principalmente, para assentar Esù..
Outros nomes yorùbá: ata olobenkàn e ata sísebé (Verger 1995:644)
Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.
dica: pimenta não gosta de solo encharcado, na dúvida, antes de regar de novo ponha o dedo na terra e sinta se está muito úmido. Se ainda estiver não molhe. Outra coisa, retire sempre as pimentas maduras e as folhas e galhos secos. Ela vai ganhar muito mais força.
Por fim: embora a pimenta (Capsicum sp.) seja considerada uma planta perene (ou seja, todo ano ela produz flores e frutos), depois de alguns anos é bom guardar algumas sementes e plantar novas mudas pois com o passar do tempo ela vai perdendo a força.
pesquisa: aurea oliveira
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.
A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum frutescens muito utilizada no Brasil, mas também em Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Também é conhecido pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piri-piri. Em Portugal e Moçambique, são chamados de piri-piri os frutos mais pequenos e malagueta os maiores. Normalmente, são usados secos para condimentar carnes. A malagueta, como todas as outras espécies do gênero Capsicum, é nativa das regiões tropicais das Américas.
A pimenta-malagueta silvestre, também conhecida no Brasil como malaguetinha-caipira, destaca-se pela alta concentração da capsaicina e baixíssimos teores de piperina, o que faz com que seus efeitos no organismo humano sejam predominantemente benéficos. Além disso, seu sabor inconfundível e marcante e seu aroma agradável fazem dela a variedade mais apreciada e mais apropriada à maioria dos pratos. Contudo, é importante salientar que as espécies de pimenta comercializadas como sendo malagueta, via de regra, são espécies híbridas, resultantes de cruzamentos realizados para desenvolver variedades mais produtivas, mais resistentes a pragas e menos atrativas aos pássaros e insetos, uma vez que a malaguetinha original é altamente susceptível a todos esses ataques.
Uso nos terreiros:
A folha pimenta (ata) é de vital importância para assentar Esù, significa elevação, porém em vários terreiros e comumente utilizada em trabalhos maléficos. Seus frutos são utilizados nas comidas de Esù e de Sàngó. A planta toda, inclusive os frutos são gún e participa do compartimento Fogo.
Suas folhas são indispensáveis para assentar Èsù, pois representa elevação.
Na santeria cubana, é uma planta associada a Èsù, Ògún e Osányìn (Cabreira 1992:295) utilizada tanto em trabalhos maléficos como em benéficos.
Embora geralmente associemos o seu uso com a finalidade de proteção ou ataque (ela é muito usada em rituais de "queimação") ela também pode ser empregada em diversos outros rituais.
Dentro da bruxaria (ritual wicca) é muito utilizada uma espécie de pimenta conhecida como pimenta da jamaica (Pimenta dioica). Seu uso se faz em infusões e na confecção de incensos, que juntamente com diversas invocações tem o poder de atrair dinheiro, boa sorte e afastar discussões dentro de casa. Suas folhas também têm propriedades medicinais analgésicas e para curar disfunções ginecológicas.
Dentro da magia cigana (aqui fundida com diversas práticas umbandistas), podemos observar algumas entidades (poucas) que utilizam a pimenta do reino (Piper nigrum) em seus sortilégios.
Uma característica importantíssima que não podemos esquecer é que a pimenta (malagueta- Capsicum frutescens ou dedo de moça- Capsicum baccatum, entre outras) tem o poder de nos dar força, confiança e vitalidade.
Uso em Ifá:
Planta usada em Ifá; principalmente, para assentar Esù..
Outros nomes yorùbá: ata olobenkàn e ata sísebé (Verger 1995:644)
Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.
dica: pimenta não gosta de solo encharcado, na dúvida, antes de regar de novo ponha o dedo na terra e sinta se está muito úmido. Se ainda estiver não molhe. Outra coisa, retire sempre as pimentas maduras e as folhas e galhos secos. Ela vai ganhar muito mais força.
Por fim: embora a pimenta (Capsicum sp.) seja considerada uma planta perene (ou seja, todo ano ela produz flores e frutos), depois de alguns anos é bom guardar algumas sementes e plantar novas mudas pois com o passar do tempo ela vai perdendo a força.
pesquisa: aurea oliveira
terça-feira, 26 de abril de 2011
ORÉGANO
Há quem se pergunte: como uma erva aromática pode facilitar a digestão dos alimentos se a usamos em tão pouca quantidade, apenas como tempero?
Primeiro, apesar da pequena quantidade, as ervas atuam realçando o sabor dos alimentos e ativando a ação das glândulas salivares, que iniciam o processo digestivo. Além disso, cada tipo de erva apresenta em sua composição princípios ativos presentes principalmente no óleo essencial, de forma que são capazes de agir no organismo mesmo quando a planta é usada apenas como um tempero. Mas, se a argumentação ainda não for convincente, é possível responder à esta pergunta seguindo as reações do nosso organismo quando exalamos o aroma de um prato preparado com ervas aromáticas:
O aroma ativa as células nervosas das narinas que, imediatamente, transmitem o estímulo ao nosso cérebro com uma mensagem de que “o alimento está a caminho”. O cérebro, por sua vez, passa a mensagem para as glândulas salivares, avisando-as que devem elevar a produção de saliva. O resultado é que aumenta a presença de uma enzima que ajuda a digerir os carboidratos, como batatas e massas em geral (pães, macarrão, pizzas, etc.). Outra mensagem é enviada ao estômago, para que aumente a quantidade de ácido clorídrico - principal elemento do suco gástrico. Enquanto isso, no intestino é estimulada a secreção de uma substância hormonal que ativa o pâncreas e o figado, colocando-os em alerta para o início do processo digestivo.
O orégano (Origanum vulgaris) é considerado um tônico para o aparelho digestivo, pois seu forte e inconfundível aroma, o sabor amarguinho e picante resultam do seu óleo essencial, composto por cervacol, cimeno, linalol e tanino que garantem as propriedades digestivas. A erva também é usada em infusão para tratar problemas como tosse, bronquite e cólicas intestinais.
Estas propriedades eram bem conhecidas pelo antigo povo romano, que difundiu o uso do orégano por todo o seu império. Tanto isso é verdade, que hoje ele é um dos temperos mais adicionados em pratos típicos da cozinha italiana, como molhos de tomate, berinjela à parmegiana, massas e, é claro, pizzas.
Na Grécia Antiga, esta erva também era valorizada. A palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva tinha o poder mágico de trazer felicidade.
Orégano não é manjerona
Originária das regiões da Ásia e Europa mediterrânea, a planta apresenta muitas espécies, sendo todas muito aromáticas. Erva perene, cuja altura pode variar de 25 a 80 cm, pertence à família das Labiadas. O orégano é uma planta herbácea, com raízes na forma de caules subterrâneos (rizomas). Bastante ramificado, produz folhas pequenas, ovais e pecioladas, medindo de 1 a 5 cm. As flores são pequenas e apresentam cores como o púrpura, rosa, branco ou uma mistura delas, surgindo do início do verão até meados do outono. Há regiões no Brasil, entretanto, onde a planta vive vários anos sem nunca produzir flores.
O orégano se propaga pela divisão das touceiras, por estaquia ou por sementes. O plantio deve ser feito em solo leve e rico em matéria orgânica. A planta se desenvolve bem sob sol pleno e precisa de proteção contra ventos fortes e frios.
Como as folhas do orégano são muito parecidas com as da manjerona (Origanum majorana ou Majorana hortensis Moench.), as duas plantas são bastante confundidas. Ambas pertencem ao mesmo gênero (as duas são Origanum) e o orégano é inclusive conhecido como manjerona-silvestre ou selvagem. Mas as duas ervas diferem pelo tamanho, pela cor das flores (as da manjerona são violáceas ou branco-esverdeadas), pelo aroma e pelas folhas: a manjerona apresenta folhas mais ásperas, com uma textura mais firme e uma leve penugem.
Fresco ou seco, o orégano exala um perfume intenso e muito agradável, porém, depois de seco, deve ser usado de preferência antes de completar um ano, pois começa a perder suas propriedades aromáticas.
pesquisa:aurea oliveira
Primeiro, apesar da pequena quantidade, as ervas atuam realçando o sabor dos alimentos e ativando a ação das glândulas salivares, que iniciam o processo digestivo. Além disso, cada tipo de erva apresenta em sua composição princípios ativos presentes principalmente no óleo essencial, de forma que são capazes de agir no organismo mesmo quando a planta é usada apenas como um tempero. Mas, se a argumentação ainda não for convincente, é possível responder à esta pergunta seguindo as reações do nosso organismo quando exalamos o aroma de um prato preparado com ervas aromáticas:
O aroma ativa as células nervosas das narinas que, imediatamente, transmitem o estímulo ao nosso cérebro com uma mensagem de que “o alimento está a caminho”. O cérebro, por sua vez, passa a mensagem para as glândulas salivares, avisando-as que devem elevar a produção de saliva. O resultado é que aumenta a presença de uma enzima que ajuda a digerir os carboidratos, como batatas e massas em geral (pães, macarrão, pizzas, etc.). Outra mensagem é enviada ao estômago, para que aumente a quantidade de ácido clorídrico - principal elemento do suco gástrico. Enquanto isso, no intestino é estimulada a secreção de uma substância hormonal que ativa o pâncreas e o figado, colocando-os em alerta para o início do processo digestivo.
O orégano (Origanum vulgaris) é considerado um tônico para o aparelho digestivo, pois seu forte e inconfundível aroma, o sabor amarguinho e picante resultam do seu óleo essencial, composto por cervacol, cimeno, linalol e tanino que garantem as propriedades digestivas. A erva também é usada em infusão para tratar problemas como tosse, bronquite e cólicas intestinais.
Estas propriedades eram bem conhecidas pelo antigo povo romano, que difundiu o uso do orégano por todo o seu império. Tanto isso é verdade, que hoje ele é um dos temperos mais adicionados em pratos típicos da cozinha italiana, como molhos de tomate, berinjela à parmegiana, massas e, é claro, pizzas.
Na Grécia Antiga, esta erva também era valorizada. A palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva tinha o poder mágico de trazer felicidade.
Orégano não é manjerona
Originária das regiões da Ásia e Europa mediterrânea, a planta apresenta muitas espécies, sendo todas muito aromáticas. Erva perene, cuja altura pode variar de 25 a 80 cm, pertence à família das Labiadas. O orégano é uma planta herbácea, com raízes na forma de caules subterrâneos (rizomas). Bastante ramificado, produz folhas pequenas, ovais e pecioladas, medindo de 1 a 5 cm. As flores são pequenas e apresentam cores como o púrpura, rosa, branco ou uma mistura delas, surgindo do início do verão até meados do outono. Há regiões no Brasil, entretanto, onde a planta vive vários anos sem nunca produzir flores.
O orégano se propaga pela divisão das touceiras, por estaquia ou por sementes. O plantio deve ser feito em solo leve e rico em matéria orgânica. A planta se desenvolve bem sob sol pleno e precisa de proteção contra ventos fortes e frios.
Como as folhas do orégano são muito parecidas com as da manjerona (Origanum majorana ou Majorana hortensis Moench.), as duas plantas são bastante confundidas. Ambas pertencem ao mesmo gênero (as duas são Origanum) e o orégano é inclusive conhecido como manjerona-silvestre ou selvagem. Mas as duas ervas diferem pelo tamanho, pela cor das flores (as da manjerona são violáceas ou branco-esverdeadas), pelo aroma e pelas folhas: a manjerona apresenta folhas mais ásperas, com uma textura mais firme e uma leve penugem.
Fresco ou seco, o orégano exala um perfume intenso e muito agradável, porém, depois de seco, deve ser usado de preferência antes de completar um ano, pois começa a perder suas propriedades aromáticas.
pesquisa:aurea oliveira
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